Para alívio de quem empreende em um país que demanda um alto custo e despende tempo excessivo para criação de leis, ao menos recentemente fora criada a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, instituída pela Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, estabelecendo garantias de livre mercado e restrições de atuação do Estado como agente normativo e regulador.
Mesmo com essa moderna normativa, é importante ter cuidado para não sair cometendo deslizes, sendo necessário planejamento para adoção de estratégias que minimizem ou eliminem os riscos inerentes a cada tipo negócio.
Em razão de uma empresa se constituir por um conjunto indissociável de atividades com atribuições setorizadas (relações societárias, tributárias, trabalhistas, comerciais etc), um experiente operador do Direito que desenvolve uma consultoria de negócios em sentido amplo e realizam um serviço de compliance, conseguirá mapear as falhas e pontos críticos dos atos de gestão, confrontando-os com as leis, para elaborar estratégias e procedimentos que modulem uma dinâmica de atuação protetiva e preventiva de litígios.
Como se pode notar, a criação excessiva de leis pelo Estado para tentar controlar as relações pessoais, por muitas vezes geram ainda mais conflitos e insegurança jurídica, uma vez que outros diplomas normativos que dispõem sobre o mesmo assunto ou estabelecem parâmetros intervencionistas continuam em vigor, como os artigos 5.º, inciso XXXII, e 170, inciso V da Constituição Federal de 1988 e o próprio Código de Defesa do Consumidor, estando a máquina pública ainda voltada a um sistema burocrático, o que prejudica a implantação de uma sistemática ideal de liberdade negocial/contratual, ou seja, com uma menor interferência e controle pelo Estado.
Então, como conviver com um conglomerado de normas e um específico diploma legal que se volta integralmente apenas a uma das partes da relação de consumo?
É certo que desenvolver uma atividade empresarial requer uma dinâmica ágil e assertiva no que diz respeito às tomadas de decisões, mas para isso, voltamos às dicas sobre como se sobressair em um mercado bastante tecnológico e competitivo, sendo importante destacar que o primeiro passo é compreender a lógica e os motivos pelos quais o CDC - Código de Defesa do Consumidor foi criado, para assim, desenvolver mecanismos de proteção e convivência voltados a evitar conflitos e demandas, estas, que na grande maioria das vezes tem como vilão o empreendedor, que acaba arcando com amargos prejuízos.
Vejamos alguns princípios que foram modelados para o consumidor, em detrimento do empreendedor: